O guarda-roupa do indivíduo que vivia nos tempos bíblicos era básico. Uma tanga (talvez) era usada por baixo da túnica, e também se usava alguma forma de cobertura para a cabeça. Calçados e casaco eram opcionais. As pequenas variações nesse padrão durante os dias bíblicos ficavam no terreno das cores, material e estilo, em vez de nas provisões básicas, pois roupas desse tipo de adaptavam melhor a um clima relativamente quente. Paulo usava a túnica presa na cintura por um cinto, como uma metáfora para o estilo de vida do povo escolhido de Deus (Cl. 3:12), e todos compreendiam que ele falava do que era básico.
A roupa de baixo, quando usada, era uma tanga ou saiote. Pedro usava a tanga quando ficava "nu" ou "despido" no barco de pesca da família (Jo. 21:7). Jesus foi crucificado usando apenas a tanga, porque os soldados já haviam removido sua túnica (Jo. 19:23).

Da esquerda para direita: Trabalhador com a túnica enrolada no cinto, homem usando manto de lã grossa sobre a túnica, homem rico com manto franjado e colorido.
As túnicas masculinas eram quase sempre curtas e coloridas; as das mulheres chegavam aos tornozelos e eram azuis, com bordados no decote em "V", o que em alguns casos indicava a aldeia ou região do usuário. A túnica usada por Jesus deve ter sido da última moda, por não ter a costura central. Teares preparados par acomodar o comprimento total da túnica só foram inventados nos seus dias (veja Jo. 19:23).
A túnica era presa à cintura por um cinto de couro ou tecido áspero. O cinto tinha às vezes uma abertura, para colocar um bolso onde guardar dinheiro ou outros pertences pessoais (Mc. 6:8). O cinto era também útil para enfiar armas ou ferramentas ( I Sm. 15:13). Quando os homens precisavam de liberdade para trabalhar ou correr, levantavam a abarra da túnica e a prendiam no cinto, tendo assim maior liberdade de movimento. Isso era chamado de "cingir os lombos", e a frase tornou-se uma metáfora para os preparativos. Pedro recomenda, por exemplo, discernimento claro, aconselhando os cristãos a cingirem seu entendimento (1 Pe. 1:13). As mulheres também levantavam a barra da túnica - no caso delas - para levarem coisas de um lugar para outro. Não eram usadas roupas de dormir no fim do dia; o cinto era afrouxado e a pessoa deitava-se com a sua túnica.
O MANTO - Quando o indivíduo era suficientemente rico para comprá-lo, ou quando o frio exigia, um manto (ou capa) era usado por sobre a túnica. Os mantos eram feitos de duas formas. No campo, onde o calor era determinante, eles enrolavam material pesado de lã ao redor do corpo, costurando-o na altura dos ombros e abrindo fendas para a passagem dos braços. O manto era a única forma de proteção para muitos, portanto, mesmo que recebido como penhor de um empréstimo, ele tinha de ser devolvido ao dono antes do anoitecer para que pudesse agasalhar-se na friagem da noite (Êx. 22:26-27). Pela mesma ração um tribunal judeu jamais daria um manto como recompensa.
O outro tipo de manto era como um vestido frouxo com mangas largas. Quando feito de seda era um traje de gala, e o indivíduo rico jamais sairia de casa sem ele. Os fariseus usavam franjas azuis na orla de seus mantos, a fim de que outros vissem que eles guardavam a lei registrada em Números 15:38-39. Em vista de essa prática tender ao exibicionismo, ela foi condenada por Jesus (Mt. 23:5). A mulher que sofria de hemorragia quis provavelmente tocar essa extremidade do manto de Jesus (Mt. 9:20).
O MANTO - Quando o indivíduo era suficientemente rico para comprá-lo, ou quando o frio exigia, um manto (ou capa) era usado por sobre a túnica. Os mantos eram feitos de duas formas. No campo, onde o calor era determinante, eles enrolavam material pesado de lã ao redor do corpo, costurando-o na altura dos ombros e abrindo fendas para a passagem dos braços. O manto era a única forma de proteção para muitos, portanto, mesmo que recebido como penhor de um empréstimo, ele tinha de ser devolvido ao dono antes do anoitecer para que pudesse agasalhar-se na friagem da noite (Êx. 22:26-27). Pela mesma ração um tribunal judeu jamais daria um manto como recompensa.
O outro tipo de manto era como um vestido frouxo com mangas largas. Quando feito de seda era um traje de gala, e o indivíduo rico jamais sairia de casa sem ele. Os fariseus usavam franjas azuis na orla de seus mantos, a fim de que outros vissem que eles guardavam a lei registrada em Números 15:38-39. Em vista de essa prática tender ao exibicionismo, ela foi condenada por Jesus (Mt. 23:5). A mulher que sofria de hemorragia quis provavelmente tocar essa extremidade do manto de Jesus (Mt. 9:20).
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